Livro Bullet Journal e minha forma de organizar os objetivos de vida

Imagem: Unsplash

Recentemente li o livro Bullet Journal, de Ryder Carroll.

Gostei bastante da leitura e, embora não tenha me sentido tentada a criar um bujo, posso dizer que estou utilizando alguns métodos ensinados pelo autor na minha vida.

Eu já tinha um sistema muito similar de organização, um PLANNER SIMPLES MENSAL, que a princípio tinha o propósito de organizar meus treinos físicos, e, depois se estendeu para outras áreas da vida.

Hoje, meu planner simples mensal (você pode comprar o mesmo modelo que uso na minha loja na ELO7: https://www.elo7.com.br/jmdigital) tem os tópicos escritos em frases simples de uma linha

O que eu fiz;
Algum compromisso futuro importante do dia (como agendamento médico).
Isso me ajuda a saber no fim do mês para onde escorre o meu tempo. Apesar de ter optado por um planner, achei interessante os conceitos apresentados pelo livro.

AUMENTANDO A PRODUTIVIDADE

Eu tenho uma mania de querer fazer tudo o mais rápido possível. Absolutamente tudo! Mas esse é meu jeito e não consigo deixar de ser quem sou. Aceitei para doer menos 🤭. RISOS.

Quando você deixa uma tarefa inacabada e passa logo para outra, parte de sua atenção fica para trás, presa ao projeto a que estava dedicada.

Por isso, o meu maior objetivo era aumentar minha produtividade, fazendo menos, mas com maior qualidade.

A razão é simples. Eu tinha o péssimo hábito de começar uma coisa que achava importante, e quando isso se prolongava além do que eu esperava, eu já partia para outro projeto.

Cada decisão que você toma exige foco, e o foco é um investimento de tempo e energia. Ambos são recursos limitados — e, portanto, extremamente valiosos.

Também me vi confrontando a crise do tal ~retorno de Saturno.

Quando chegamos aos 30, acho que a maioria de nós passa a avaliar as estruturas gerais da vida.

Eu estou onde eu gostaria de estar? O que eu realmente quero daqui para frente? Como transformar sonhos em projetos? Esses projetos são viáveis a longo prazo?

FAXINA

O inventário mental: Anotação por anotação, criamos um inventário mental de todas as escolhas que consomem nossa atenção. É o primeiro passo para retomar o controle de nossas vidas. É aqui que você começa a separar o sinal do ruído. É aqui que tem início sua jornada com o Bullet Journal.

Comecei por uma faxina geral, que também incluiu faxina digital. Cada arquivo excluído representava uma fase da vida e um projeto que deu errado ou nunca tomou forma de verdade.

Eu escrevi num papel pequeno os meus objetivos para esse ano e o deixei em cima da minha mesa para olhá-lo todos os dias.

Assim eu tenho conseguido manter o foco no que REALMENTE me importava.

Terminei essa faxina mental (e digital) com uma sensação de limpeza, pronta para receber coisas novas e melhores.

ORGANIZANDO PROJETOS

Agora sempre que tenho um projeto em mente recorro a técnica descrita no livro:

1. Na primeira coluna, liste todas as coisas a que está se dedicando no momento.
2. Na segunda, liste todas aquelas a que deveria estar se dedicando.
3. Na última, todas a que gostaria de estar se dedicando.

O inventário mental que você acabou de criar fornece uma ideia clara de como está investindo seu tempo e sua energia. [...] Estamos sempre (ou supostamente deveríamos estar) fazendo tantas coisas que nos esquecemos de perguntar o nosso motivo.

Só faça duas perguntas a si mesmo:
1. Isso tem importância? (Para você ou para alguém que ama.)
2. Isso é vital? (Leia-se: aluguel, impostos, financiamento estudantil, trabalho etc.)

Uma das decisões que tomei foi me especializar em um campo profissional (somente o design não me sustentaria a longo prazo).

Então, diferentemente dos cursos que fiz em áreas aleatórias, resolvi tentar algo que eu já tenho conhecimento prévio, a programação. Futuramente eu posso explorar outras opções.

OBJETIVO NO LONGO PRAZO

Essa eu considero a cereja do bolo.

Eu dediquei uma parte do meu caderninho de anotações de tudo de qualquer coisa somente para esse exercício porque realmente achei que isso faz uma diferença enorme na decisão de seguir em frente com um projeto ou não.

BRAINSTORM
Antes de dividir um objetivo, precisamos compreendê-lo.
1. O que nesse objetivo suscitou minha curiosidade?
2. O que me motivou a querer investir meu tempo e minha energia nisso?
3. O que estou tentando realizar?
4. Do que vou precisar?
5. Qual é minha definição de sucesso dentro desse objetivo? 

O autor dá exemplos de como preencher essa parte (por isso recomendo a leitura).

Aqui eu também acrescento OS PRÓS E OS CONTRAS de insistir nesse objetivo.

Outra coisa que achei super interessante é uma abordagem para encarar os desafios comuns da vida diária:

Inicie uma nova coleção e a nomeie de acordo com o problema: “Não consigo pagar o aluguel”.
Então se pergunte por quê. Escreva a resposta.
Depois, se desafie perguntando por que mais uma vez.
Faça o mesmo com a resposta seguinte, e assim por diante, até perfazer cinco vezes.

Outro trecho do livro que me chamou atenção para resolução de problemas de forma simples, é o seguinte:

Seu problema
— O que não está dando certo
— Por que não está dando certo
— O que você já tentou
— O que ainda não tentou
— O que gostaria que acontecesse

Segundo o autor, “ao explicar o problema em detalhes para alguém (ou algo), somos obrigados a mudar a perspectiva, vendo-o de cima, por assim dizer, e não das profundezas do buraco mental em que nos enfiamos. ”

Se não está feliz com sua vida, pergunte a si mesmo: O que eu poderia fazer amanhã que tornaria minha vida um pouco melhor?

Desde que implementei essas técnicas, tenho conseguido dar início a um projeto, ir até o fim, para só então partir para o próximo. A sensação de clareza em todas as áreas da minha vida tem se intensificado cada vez mais.

Acabei criando um misto de Bullet Journal com Planner que funcionou super bem para mim. Acho que esse era o propósito. Detalhe: eu tentei fazer algo digital, mas não consegui acompanhar. Sempre esqueço e sou mesmo adepta da arte da escrita.

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